segunda-feira, 11 de março de 2013

DECADÊNCIA MUSICAL E O APOGEU DA DESVALORIZAÇÃO HUMANA.

Ultimamente temos visto no cenário da música brasileira diversos lixos musicais que estão fazendo sucesso, ou seja, está ocorrendo um FETICHISMO NA MÚSICA, REGRESSÃO auditiva e cultural, diante disso, gostaria de citar um pouco do que Pitágoras criou para depois fazer a análise crítica do tema em baila.

Foi Pitágoras quem criou o sistema de sons sobre unidades, a oitava e o tetracórdio (quatro sons que formam um intervalo de quarta). Contrariando o método atual que distingue as escalas e intervalos ascendentes, os gregos contavam para baixo, dividindo variadamente o tetracórdio e foram criadas três classes de séries denominadas Diatônica, Cromática e Inarmônica. Seu maior descobrimento foi, provavelmente, a dependência dos intervalos musicais em relação às proporções aritméticas do comprimento das cordas com a mesma tensão, assim: 2:1 dava a oitava; 3:2 a quinta; e 4:3 a quarta. Esse descobrimento musical realizado por Pitágoras teve repercussão em toda escola pitagórica e nas posteriores. Para Pitágoras, a música era uma das ciências divinas das matemáticas. Os pitagóricos não sabiam nada a respeito do número de vibrações. Foram levados a cunhar o conceito de Harmonia, palavra que originalmente não teria o significado de uma agradável reunião de vários sons, senão o sentido de ajustamento ordenado das partes e em especial o de afinação de um instrumento musical. A harmonia é o catecismo das perfeições, o mais belo que existe, sendo a música uma manifestação eminente da harmonia, pode ser usada com o fim de purificar a alma. E como a alma é por sua vez, a harmonia do corpo, a música é verdadeiramente uma medicina saudável. Este conceito também se aplicava ao cosmo inteiro: essa perfeita e harmoniosa ordenação numérica faz do universo um Kosmos, uma ordem perfeita. Os pitagóricos acreditavam que os corpos celestes giravam ordenadamente e estavam regulados por escalas musicais, este movimento produzia a famosa música das esferas, que só as pessoas em total harmonia cósmica, como Pitágoras, podiam ouvir. "Essas informações foram extraídas do livro: Pitágoras e seus Versos Dourados; autor: Medrano, Roberto (G. .)

Q
uão longe estamos, em vista do exposto acima, da verdadeira finalidade da música.
Se por um lado a música pode e deve ser harmônica, melodiosa, capaz de nos elevar espiritualmente, como explicar esse "boom" de lixo sonoro que consumimos dioturnamente?

Porque o homem se tornou um produto do meio, um objeto cujo valor é determinado pelo seu relacionamento com os fetiches disponíveis, se tornando ele próprio uma mercadoria: "O homem vale pelo que ele tem". Estamos nos coisificando e à medida que perdemos a identidade humana, a música séria só terá valor como status e não mais por sua virtude.

Vivemos a decadência da virtude e o apogeu da desvalorização humana.

A linguagem como expressão morreu; acontece que os homens estão vazios de conteúdo interior, cultural, não tem o que comunicar.

Vivemos uma grande farsa, a farsa do prazer. Consumimos acreditando que isso nos dá prazer, acontece que desaprendemos a ter prazer.

Nesse relacionamento doentio entre os aspectos musicais e de nós ouvintes, surge uma luz no fim do túnel, com o retorno do homem aos aspectos evolucionais espiritualistas. Há uma volta ao gosto pela música harmônica, melodiosa; só que isso fica ainda restrito a um grupo de vanguarda, que se preocupa mais com o ser do que com o ter. Não deixa de ser uma esperança.

Por fim, é apenas uma análise do cenário musical brasileiro, por enquanto, vamos continuar escutando na mídia de massas as músicas “ Ahhh LEK LEK LEK LEK LEK , Harlem shake, dança do treme e etc....KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... só no Brasil para acontecer essas coisas..... 

4 comentários:

  1. é amigo Maciel...infelizmente a cada dia a música está entrando cada vez mais na decadência...sinto saudades das músicas do passado...que realmente eram mais relaxantes...calmas...e até as dançantes do passado..era uma dança gostosa para ouvir e ser dançada!!!!E esse lek lek...olha se eu pegar esse lek kkk eu corto a kbça dele!!!e o pior é que eu sou obrigada a ouvir isso...todo lugar toca esse bendito funk...mas gosto é gosto..o único problrema é que já enjoouuuu...e ainda me inventam a dança do quadradinho....kkkkk,é amigo... acho que é o fim do mundo!!!!!

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    1. Exatamente amiga, infelizmente estamos vivendo um retrocesso musical, as músicas perderam a verdadeira essência, culturalmente falando, estamos regredindo, mas enfim, acredito que ainda mudaremos esse quadro, não será uma tarefa fácil, mas vamos tentar, obrigado comentário, e fico feliz em saber que ainda existem pessoas que pensam da mesma forma que eu.

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  2. Parabéns Fernando Maciel, pelo excelente artigo! Nunca parei pra refletir sob as diferenças entre "432 hz e 440 hz" Eu não tinha ideia sob o quanto o 432 pode estar relacionado com a matemática universal. Nas minhas próximas modestas composições, tudo estará na fundamental de 432 hz. Sob a regressão musical que vivemos, eu penso o seguinte, "não vale a pena direcionar nosso tempo e nossas energia a essas artes primitivas e questionáveis, e sim direcionarmos todo o nosso ser, as coisas que admiramos e apreciamos. Ultimamente desenvolvo uma maturidade diferente em relação à tudo isso, se determinado estilo musical faz alguém feliz e realizado, ta valendo kkkk. Ando tentando ver beleza em tudo, apesar de difícil, vale a pena. Mas aprecio o erudito, músicas orientais, Hindu, Celta e etc.....não me limito muito. "A verdadeira arte não são das massas" Abraço à todos, que apreciam a verdadeira música universal. Atenciosamente Gabriel

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    1. Gabriel, excelente comentário! Essa questão das músicas em 432 e 440 é de suma importância prestarmos atenção, mesmo que a diferença seja impercepítivel, mas é necessário atentarmos a isso. Em conformidade com pesquisas e o artigo exposto sobre o tema, tenho certeza que as mudanças comportamentais que a sociedade sofre atualmente, tem como um dos fatores a música, essa matemática universal tem forte influência no ser humano, não só no ser humano, mas no reino vegetal e animal também, estamos perdendo nossa conexão com universo. Para finalizar, peço a gentileza de quando compor músicas, compartilhe comigo, tudo que é bom deve ser compartilhado e tenho certeza que diante da vossa inteligência e admirador de uma boa música, conteúdos bons você tem e terá. BOM DIA... Abraços!!

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