Podemos
completar as exigências ao desenvolvimento do senso crítico e de uma visão de mundo própria, com a palavra coragem, pois tudo isso
exige demonstrado na imagem exige autoconhecimento e para se ter esse autoconhecimento é necessário muita
coragem e força de vontade nesse sistema cruel, mentiroso e manipulador.
O
autoconhecimento nada mais é que a capacidade que nos permite perceber, de
forma gradativa, tudo que necessitamos transformar.
Muitas
das vezes adotamos como verdade absoluta alguns comportamentos aprendidos como
corretos em uma época de nossa vida em que não tínhamos discernimento para
escolher.
Todos
sabem que a formação que a criança recebe na infância influencia toda sua vida,
ou seja, atos, opiniões sobre religião, costumes, moral, preconceitos, regras
de conduta, princípios, que variam culturalmente de família para família e,
interiormente, de criança para criança.
Tudo
isso se modela sem sequer analisarmos, quando adultos, se ainda continuam a ter
algum valor, mantendo o mesmo pensamento e valores, dos quais sentimos muita
dificuldade em nos libertar. Apenas continuamos a repeti-los, e sofremos por
verdades que permitimos se tornarem absolutas, mas quando as analisamos
descobrimos que jamais foram as nossas verdades. E ainda assim, conscientes
disso, permanecemos estagnados.
Diante
disso, temos que deixar de ser cópias de uma sociedade em decadência, não digo
decadência material, pois isso é passageiro, digo decadência espiritual, moral
e de valores.
Sociedade
decadente de autoconhecimento, de senso crítico, de pensadores, de formadores
de opinião, enfim, decadente de tudo.
Nós
nascemos originais em tudo, mas no decorrer de nossas vidas vamos tornando
cópias conforme somos programados na matrix.
Esse
autoconhecimento pode ser analisado sob a ótica da mitologia grega, naquele
famoso texto chamado de o "MITO DO HERÓI".
A
reflexão sobre esse texto é o caminho para o nosso autoconhecimento.
Nós somos dotados de livre de arbítrio em constante
busca de seu caminho de individualização,
Temos que descobrir o héroi que há dentro de cada
um de nós.
Segue a
transcrição de um texto do livro “O despertar do herói interior”, de Carol S.
Pearson, páginas 16 e 17:
"As histórias a respeito de heróis são profundas e eternas. Elas ligam os nossos próprios anseios, desgostos e paixões às experiências dos que vieram antes de nós, de modo que podemos aprender algo a respeito da essência do significado de ser humano, e também nos ensinam de que forma estamos ligados aos grandes ciclos dos mundos natural e espiritual. Embora os mitos que podem dar significado a nossas vidas sejam profundamente primitivos e arquetípicos, às vezes nos inspirando terror, eles também têm a capacidade de libertar-nos de modos de vida falsos e fazer com que passemos a ter uma vida de verdade. Se evitarmos o que T.S. Elliot chamou de ‘terror primitivo’, perderemos nossa ligação com a intensidade e o mistério da vida. O encontro da nossa ligação com esses padrões eternos proporciona-nos um senso de significado e importância até mesmo nos nossos momentos mais penosos e alienados, recuperando dessa maneira a dignidade da vida.O paradoxo da vida moderna é que, ao mesmo tempo que estamos vivendo como nunca se viveu antes e, assim, recriando diariamente o nosso mundo, nossas atividades frequentemente nos parecem infundadas e vazias. Para transcender esse estado, precisamos nos sentir enraizados simultaneamente na história e na eternidade.É por isso que o mito do herói é tão importante no mundo contemporâneo. Trata-se de um mito imemorial que nos une a pessoas de todas as épocas e lugares. Ele fala em saltar intrepidamente através dos limites do conhecido para enfrentar o desconhecido e ter confiança de que, quando chegar o momento, teremos os recursos necessários para enfrentar nossos dragões, descobrir nossos tesouros e retornar para transformar o reino. Ele também fala em aprendermos a ser verdadeiros com nós mesmos e a viver em harmonia com os outros membros da nossa comunidade. (p. 16)Nosso mundo apresenta muitos dos sintomas clássicos de um reino devastado: fome, danos ao ambiente natural, dificuldades econômicas, grandes injustiças, desespero e alienação pessoais e a ameaça de guerra e aniquilamento. Nossos “reinos” refletem estados de nossa alma coletiva e não apenas a de nossos líderes. Esta é uma época da história humana em que há grande necessidade de heroísmo. Tal como os heróis de outrora, nós contribuímos para restaurar a vida, a saúde e a fecundidade do reino como um benefício colateral decorrente do fato de termos empreeendido nossa jornada, descoberto o nosso destino e ofertado nossas próprias e singulares dádivas. É como se o mundo fosse um gigantesco quebra-cabeça e cada um de nós que empreeendesse uma jornada retornasse com um de seus pedaços. Coletivamente, à medida que todos vão dando sua contribuição, o reino é transformado. (p.17)"
Liberte-se de modos de
vida falsos e tenha uma vida de verdade.
O autoconhecimento é o
caminho...
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